11 Dez Serialização farmacêutica
Rastreabilidade, combate à contrafação, regulamentações europeias: para Jean-Marc Bobée, diretor da estratégia de contrafação de produtos da Sanofi e seu representante nos encontros da EFPIA*, a serialização é inevitável.
No sentido da harmonização europeia.
Até 2019, toda a indústria farmacêutica na Europa terá de cumprir a diretiva relativa a “medicamentos falsificados” 2011/62/EU, “um código comunitário relacionado com produtos médicos para utilização humana, respeitante à prevenção da entrada na cadeia de distribuição legal de produtos médicos falsificados no que diz respeito à sua identidade, histórico ou origem”. Para cumprir este regulamento e para facilitar a deteção de produtos falsificados na União Europeia, “as empresas que operam na indústria farmacêutica de todos os estados europeus têm de introduzir um sistema de serialização com um controlo no ponto de dispensa”, explica Jean-Marc Bobée. “Este sistema tem de estar associado a dispositivos que garantam a inviolabilidade da embalagem de todos os medicamentos sujeitos a receita médica.”
A segurança dos doentes acima de tudo.
Para além dos regulamentos, a segurança dos doentes é a principal preocupação. Os códigos Datamatrix serializados não só melhoram a rastreabilidade e ajudam a combater as fraudes de reembolso, como também ajudam a combater a contrafação, uma verdadeira praga. “Os avanços tecnológicos e a sua acessibilidade crescente tornam a contrafação cada vez mais fácil”, afirma Jean-Marc Bobée, recordando também que, durante muito tempo, a falsificação de medicamentos era mais lucrativa e menos perigosa do que o tráfico de droga… Garantir a serialização dos produtos e o rastreamento destes números de série pode tornar a cadeia de distribuição mais segura e o fluxo de produtos mais fiável, dentro e fora das fronteiras da Europa.
Artigo Labialfarma 11/12/2017